sexta-feira, 18 de julho de 2008

VIRTUDES DO NOVO CÓDIGO DO TRABALHO!

RECEBI ESTA PROSA CONJUNTAMENTE COM UM PEIDO DE DIVULGAÇÃO...


"Era uma vez um senhor chamado Reinaldo Campos Ferreira, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve. Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês ? ou seja, 2.400 contos ? durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?». Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de
gestor público não se aplica. Dizendo ainda melhor: o senhor Reinaldo (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes. Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público. Mas voltemos à nossa história. O senhor Reinaldo recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo. Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve – a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os
tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação
".

6 comentários:

fotógrafa disse...

É mesmo assim...este país está bipolarizado...os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres!!!
O que aqui está escrito, até parece ficção...num país onde cada vez há mais desemprego, e de subsidios para matar a fome, há escassez...é completamente surrealista, o que aqui se transcreve...
continuo a achar, que há portugueses de 1ª e de 2ª...e isso causa-me VERGONHA!!!
abraço

fotógrafa disse...

Major Rocha, fiquei estupfacta com esta noticia da EPT...
Uma escola que é distinguida com um Prémio de Boas Práticas no Sector Publico...e depois trata abaixo de cão, os profissionais que aí trabalham?!?...
mas que raio de conceitos são estes???
Já deu para ver, que aí há dois pesos e duas medidas, mas ser distinguida com prémios e tudo?...é mesmo um cinismo a toda a prova...
ainda por cima na categoria "Capital Humano"...isto é surrealista...
abraço


EPT distinguida no Prémio Boas Práticas no Sector Público
No dia 13MAI a EPT foi galardoada com uma Menção Honrosa nos Prémios de Boas Práticas no Sector Público, na categoria «Capital Humano».

A EPT formalizou a sua candidatura no dia 31 de Janeiro, ao prémio “Boas Práticas no Sector Público”, através do “ Plano de valorização de Recursos Humanos”.

A iniciativa que já vai na 6ª edição, é promovida pelo Diário Económico e pela Delloite, com a colaboração do INA, Fundação Luso Americana e da SIC Notícias e visa reconhecer a excelência de desempenhos no Sector Público.
5/21/2008

fotógrafa disse...

As minhas noites, são noites abertas,
É tempo que passo, em...compasso...
De espera ,feita...quimera...
de espera, feita... silêncio.
………………………………………..
FDS iluminado…
abraço

José António Borges da Rocha disse...

Sabe bem que se olhar para a coisa, no sentido real, isto é vendo o "inverso" do que é propalado então talvez se aproxime duma visão real...
Que havemos de fazer este PAÍS é assim... está tudo ao contrário.

Não vê o MDN a dizer agora, com base num parecer da PGR, que o Estatuto do Trabalhador Estudante deve ser aplicado de igual modo e para TODOS OS MILITARES nos três ramos das forças armadas.

É claro que se estivessemos num País sério o MDN não dizi ao que disse mas sim mandava instaurar um Processo disciplinar ao CEMGFA, ao CEME e ao fautor da ilegalidade MGEN Xavier Matias.

Mas não finge que corrige a anomalia.
Quando a verdade reclama o contrário SEMPRE se aplicou o ETE em toadas as forças armadas e a todos os militares, EXCEPTO NA EPT EM 2004 E POR CULPA DUM COMANDANTE PREPOTENTE QUE DEVIA SER CHAMADO (E VAI SER SE DEUS QUISER NO TRIBUNAL EUROPEU DOS DIREITOS DO HOMEM) E NÃO O FOI...

saudação

Manuel Ribeiro disse...

Fiquei surpreendido com este peido...

fotógrafa disse...

rsrsrs...é o que faz teclar muito rápido...depois ficam de fora algumas letras que dá nisto...rsrsrs