
A persistência da mediocridade a soldo da mentira sufragista, que atraiçoa o memorial de Abril, a breve trecho transformará a migalha do País numa horda sem memória. Por isso urge ser subversivamente combatida, e para o efeito julgo que o genuíno Povo não hesitará quando chamado a essa missão e dever. Nesse dia libertador, que julgo não ser necessário esperar 48 anos, o Povo irá com toda a certeza sair à rua com o dobro da Euforia do Abril esbugalhado. Para tal e tão desejada vitória pacífica apelo, e com isso vivo ansioso de dar exemplo pessoal, à arma da abstenção que, com mais força de razão que o Voto em Branco, surge como o único instrumento nas mãos do prognosticado vencedor, do resistente, da minoria cumpridora, afinal aqueles que recusam participar num regime inquinado (contaminado); num regime autista que, compelidamente, afasta e desautoriza o sufrágio do contraditório, e que por isso é geneticamente inconstitucional, e por isso está irremediavelmente condenado a afundar-se. É vital e imperioso não participar na “legitimação” do perjúrio que, elegendo e eleito no roído e no alarido, dia após dia, lacuna após lacuna, coage e desautoriza a sufragação do contraditório, escondendo-se por detrás dum fundamentalismo míope, vingativo e absolutista, impondo-se mais pela coacção normativa do que pela razão moral e contradizendo-se constantemente no que se diz ser, proibindo a livre circulação de algumas ideias, entre elas uma que foi só, e apenas, a grande fautora da nossa Grande História, atraiçoando o memorial dos nossos Maiores. Tal regime (em rigor perjúrio), geneticamente inconstitucional, afunda-se em cada voto recusado que, um após outro, com parcimónia decisiva, acabará por derrubar a estátua de pés de barro que, em constância, nos é impingida para adoração.
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