sexta-feira, 3 de agosto de 2007

SEMÂNTICA PERSECUTÓRIA (cont.14)


Preâmbulo (actualizado) dum Recurso Hierárquico

O Signatário, apesar de se sentir psicologicamente depenado por uma sucessão de infelizes acontecimentos familiares, por um currículo de inconveniências profissionais, pela infelicidade alheia (suicídio de um amigo de muitas luas e preterição na promoção de um outro de iguais luas: a revelar num próximo post), e ainda por uma cadeia de indeferimentos administrativos, e, maus grado o seu diagnosticado estado depressivo, sente-se ainda com força física e psicológica para produzir o presente Recurso Hierárquico.

O passivo de decisões administrativas produzidas por reconhecidos escalões da hierarquia já quase lhe cauterizou a sensibilidade e pior do que isso já lhe causou estragos definitivos e irreparáveis.

Mas como reverso da moeda, o mesmo conferiu-lhe expressa e nominal autorização para se sentir desencantado com a convicção de prepotência vertida, em exclusivo, no vector descendente.

Dando por certo tal desencanto e, especialmente devido à sua formação humana e militar (que a seguir revelará a preceito: num próximo post), sente-se assim autorizado a berrar, com toda a força, contra a maldade deferida por aquilo a que designa de infalibilidade hierárquica que a estatística do indeferimento (e não só) ajudou a decifrar.

Tem por certo que nenhuma espécie de insanidade organizacional ou estrutural concebe uma explicação para a situação adjudicada, e por isso propõe um desafio a todos aqueles que buscam uma explicação para as coisas: COMEÇAR A PESQUISA PELO SEU MUNDO INTERIOR. QUEM SABE SE POR VIA DUMA INTROSPECÇÃO, MESMO QUE DE LONGE A LONGE, CADA UM DE NÓS NÃO IRÁ POR A NU O ESPÚRIO QUE INQUINA O SEU CURRÍCULO MORAL. E QUEM SABE SE DEPOIS DISSO NÃO IRÁ ENCONTRAR O CAMINHO CERTO.

Muitas vezes tenho meditado e escrito sobre assuntos da vida militar e profissional e vastas vezes corporizou os pensamentos, dirigindo-os ao escalão apropriado. Julga não estar a cometer um exagero – e menos ainda uma inconfidência – se disser que, só na D…, haverá uma pilha de reflexões que enchem um arquivo de tamanho XXL.

Quanto à única diligência informal, prefere nem falar.

O pudor, o respeito à farda e os galões que enverga inibem-no de reproduzir aquilo que foi a sua única experiência informal com um Sicrano responsável por uma tutela da D…

(…)

Apesar do vitupério resultante do passivo de improcedência, nunca, repito nunca, até hoje, em nenhuma diligência (formal ou informal) recorreu ao glossário da mexeriquice para arrestar a sua alegação ou ilidir a refutação desejada. A única inspiração que projecta em cada depoimento é tão só aquilo que sente ser a verdade da coisa e os valores pessoais que a cada momento sente serem violados. O seu perfil moral e militar inibem-no, tal como atesta a presente – frontal mas leal – de utilizar a acusação gratuita ou a intriga pura e simples; embora tenha de confessar que desta vez é forçado, unicamente por razões de semântica, a ser um pouco mais ousado e eloquente.

Mas se isso nunca serviu de constrangimento para o impedir de dizer aquilo que julga ser seu dever dizer. Nunca, até hoje, qualquer tipo de conscrição moral o impediu de “PETIR”, sem nunca ultrapassar os limites da lealdade, mesmo quando para tal tem necessidade de deitar mão a maiúsculas ou minúsculas, bold ou sublinhados.

Nesta diligência vai reforçar o potencial lexicológico com o calão ofensivo.

Mas lembra que só o faz em obediência estrita a dois razoáveis motivos: um, porque a cortesia linguística não lhe confere património semântico e verosimilhança afim para instruir a refutação; o outro, e como contraponto, dá por deferido que na balança moral, o prato dos valores ofendidos faz desequilibrar para cima o prato da circunstãncial ofensa intrínseca à semântica de uma ou outra palavra.

Apesar da prévia explicação reforça a integridade moral fazendo um pedido de desculpas prévio para o caso de alguém vir a sentir-se pessoalmente ofendido ou alguma sensibilidade orgânica sentir a sua dignidade ultrajada.

(…)

Até já.

1 comentário:

A Sonhadora disse...

Quê???!!!inda te sentes constrangido, de alguém se sentir ofendido???
manda tudo dar uma volta e trata-os, como eles devem ser tratados...com o léxico completo...kkkkkk
Fico á estepa do seguimento...
a sonhadora